sábado, 21 de novembro de 2009

REFLEXÕES QUE ME TROUXERAM SAUDADES DE MEU PAI!

Desde pequena, tenho contato com tecnologias. Lembro que, em 1964 (olha que  faz tempo!!) meu pai comprou uma televisão. Foi a maior sensação: os vizinhos vinham assistir alguns programas preferidos em nossa casa. Na hora da telenovela, ninguém respirava. Foi um tempo bom – lembro dos desenhos animados como se fosse hoje: Pica-pau, Os Flinstones e de alguns seriados como: Jeane é um Gênio, 007, Jornada nas Estrelas, e outros. Lembro da Regina Duarte como a mocinha das novelas, bem como de Francisco Cuoco, Tarcísio Meira ou Marcos Paulo em sua motoca, como galãs.
Meu pai era metido a Professor Pardal. Era militar, mas seu divertimento maior era consertar aparelhos de rádio e TV. Desmontava-os completamente, até encontrar o defeito e montava-os novamente, até que conseguia escutar seu futebol ao pé da orelha. Preocupava-se muito em nos trazer as mais variadas revistas (tanto gibis quanto fotonovelas – ah! Eu adorava esta parte!). Quando percebia algum joguinho de quebra-cabeça, logo trazia para nós, para treinar nossa memória e desenvolver capacidades. Ele não conheceu esta era maravilhosa do computador, mas tenho certeza de que iria apaixonar-se em desvelar seus segredos. Iria passar os filhos para trás, com seus netos na Internet. Ele era expert em descobrir novidades. Nossa casa estava sempre bem equipada de livros e enciclopédias modernas e, é lógico, de uma máquina de escrever que ajudava muito nos trabalhos escolares. Lembro que, antes de falecer, seus netos sempre tinham os vídeos games de última geração, porque serviam para “desenvolver o raciocínio”.
Consegui passar para meus filhos essa paixão pela busca de infromações, tanto em livros, revistas e, consequentemente, pela informática.
Na minha vida profissional, o computador tem sido um companheiro fiel. Já na adolescência, fiz o meu curso de datilografia, que me tornou uma exímia datilógrafa, muito rápida mesmo, o que foi um bom empurrão ao primeiro emprego.
Meu primeiro contato com o computador foi em 1992 (ou 1993, não recordo bem). Foi uma necessidade, num tempo em que os serviços estavam sendo informatizados. Fui impulsionada a buscar informações e aprender na marra... mas, foi muito importante para minha formação, capacitação profissional.
Poderia ter continuado longe dele, sim, mas não teria desenvolvido tarefas que me fizeram crescer muito em minha auto-estima. Afinal, tive que transpassar barreiras, que nem eu sabia ser capaz. Claro, isso naquela época... porque... hoje essas barreiras são como formiguinhas, que me fazem perceber que montanhas vão aparecendo em nossa frente a cada dia, que nós temos que transpassá-las também.
Puxa! Bateu uma saudade enorme de meu querido pai...